Você já deve ter ouvido por ai o termo pompoarismo comumente ligados assuntos relacionados as bolinhas inseridas na vagina. E o ginástica íntima, sabe como funciona? Neste post, a fisioterapeuta pélvica Andreia Magalhães conta tudo aqui e desmistificar esse tema.
O pompoarismo é uma das técnicas de exercícios da musculatura do assoalho pélvico. Existem relatos de que a técnica se iniciou com o povo celta, com as sacerdotisas de um templo na Irlanda. Outros relatos falam que a técnica teve início na Índia. Já há relatos que relacionam com o tantra. Independente de sua origem, o pompoarismo é uma técnica que ajudou a saúde feminina através dos tempos.
E a ginástica pélvica? Bom, essa se iniciou com as observações do médico ginecologista Arnold Kegel por volta de 1945. Ele percebeu que algumas pacientes sofriam de incontinência urinária no pós parto. Imaginando que o fortalecimento dos músculos pélvicos poderiam ajudar nisso, ele criou um protocolo de exercícios que minimizaram o problema e obteve relatos de que suas pacientes melhoraram o desempenho sexual e passaram a perceber o orgasmo. A partir daí, o pompoarismo foi abraçado pela ciência.
Os exercícios das duas técnicas possuem os mesmos princípios, porém, nos exercícios pélvicos falamos da anatomia muscular, dos ligamentos e das inervações. O pompoarismo considera o conhecimento empírico das gerações de seguidores e que sempre deram certo.
Mas como ciência é ciência, vamos aos fatos:
- O assoalho pélvico é uma estrutura do corpo composta por músculos e ligamentos ligados às estruturas ósseas da pelve.
- Tem a função de sustentar os órgãos reprodutores e excretores dentro da cavidade pélvica.
- É responsável pelo controle da continência urinária e fecal.
- Os exercícios propostos pela fisioterapia pélvica têm a função de melhorar o funcionamento desses músculos, além de aumentar sua força e tônus, como qualquer exercício muscular para outras partes do corpo. Ou seja, estamos falando musculação para o assoalho pélvico, pilates para o assoalho pélvico e yoga para o assoalho pélvico.
Com a melhora do tônus e da força desses músculos podemos ter diminuição das cólicas menstruais, melhora na constipação intestinal, resolução de incontinência urinária, maior lubrificação vaginal, maior prazer sexual, facilidade para alcançar e reconhecer o orgasmos, além do total controle das contrações do canal vaginal durante o ato sexual.
Mas como fazer esses exercícios?
Existem vários curso de pompoarismo, inclusive on line. Porém, devemos saber que nem todas nós conseguimos identificar e contrair esses músculos corretamente. Se houver uma contração conjunta dos músculos do abdomen, por exemplo, poderemos estar gerando o risco de iniciar uma incontinência urinária ou agravar uma pré existente.
Os exercícios são simples, mas se faz necessária uma avaliação fisioterapêutica para mensurar a força dessa musculatura, ensinar a contração correta e prescrever os exercícios para cada caso. Afinal, quem de nós entra numa academia e já vai prescrevendo seus próprios exercícios? Todos passamos por avaliação e pelo educador físico que traça o melhor programa para cada uma de nós. Depois disso, vamos no horário que pudermos à academia e executamos sozinhos, não é assim? Da mesma forma que os exercícios físicos convencionais a ginástica íntima é eficaz pois, melhora o desempenho sexual, aperfeiçoa o prazer e desenvolve saúde geral da mulher.
Então, o que estamos esperando? Vamos pensar em começar a nossa ginástica íntima? Vamos começar a marombar o nosso assoalho pélvico e nos transformar nas rainhas do nosso próprio prazer?
Escrito por Andreia Magalhães
Fisioterapeuta Pélvica e Acupunturista
CREFITO-2 210675-F